25.10.2021

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Saúde da mulher: como cuidar melhor do coração?

Este mês, o foco é a saúde da mulher. O Outubro Rosa reforça a importância dos exames periódicos na prevenção ao câncer de mama. Porém, é preciso levar em consideração a diversidade de outros cuidados que a mulher precisa ter em busca de uma vida mais saudável e equilibrada. Principalmente, quando o assunto é saúde cardiovascular.

Em primeiro lugar, algumas doenças são mais restritas ao sexo feminino, como a endometriose e o câncer de colo do útero. Outras, se agravam com mais facilidade em mulheres, como a infecção urinária e a depressão. Mas, no caso das DCVs (doenças cardiovasculares), não há distinção de gênero. O que tem mudado, por sua vez, é o cenário e os hábitos que as mulheres estão adotando a respeito do cuidado com o coração.

E embora a mulher visite o médico com maior frequência que o homem, a ida ao cardiologista ainda é deixada em segundo plano. Muitas vezes, trazendo problemas que atingem seu bem-estar como um todo.

A saúde da mulher em risco

Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)*, mostrou que o infarto mata até três vezes mais mulheres no país do que o câncer de mama (considerando todas as faixas de idade). Há 50 anos atrás, apenas 10% dos óbitos por ataque cardíaco eram de mulheres. No entanto, hoje este número chega a quase 50% do total de mortes por infarto agudo do miocárdio.

A que se deve esta mudança? Com uma maior presença no mercado de trabalho, a mulher ficou mais exposta ao estresse e à ansiedade, assumindo jornadas duplas e até triplas no cuidado da casa, emprego, família e filhos. Outro ponto a se observar é o estilo de vida da mulher contemporânea, que agregou hábitos de consumo parecidos com os do homem: excesso de álcool, gorduras, tabagismo e sedentarismo, uma combinação explosiva.

Dicas para um coração saudável

Que tal mudarmos esses números? A Micromed reuniu algumas das principais dicas de cardiologistas sobre a saúde cardiovascular. São ações que funcionam bem para qualquer gênero e coração, mas que podem ajudar as mulheres a reduzir essa alta incidência de doenças cardíacas. Vamos a elas:

Cuide diariamente da alimentação

A obesidade é um fator de risco para hipertensão arterial. Mas isso não significa que outras mulheres não possam desenvolver a doença. Portanto, o melhor é garantir uma alimentação equilibrada, bem colorida e dividida em quantidades menores ao longo do dia.

Um prato “colorido” reúne diferentes tipos de nutrientes (imagem: shutterstock)

Reduza a ingestão de sal, doces e alimentos pesados, principalmente à noite. Se precisar de ajuda, consulte um nutricionista. Mas torne esse cuidado diário: nada de comer saudável só por 2 ou 3 dias na semana.

Pratique exercícios físicos

Não é só por estética: praticar atividades físicas regularmente faz bem ao coração e à circulação. Em outras palavras, o trabalho cardiorrespiratório oxigena melhor o corpo. Assim, o coração trabalha menos e de forma mais eficiente. Isso reduz e muito os riscos de infarto, AVC e hipertensão.

Exercícios regulares ajudam no funcionamento do coração (imagem: shutterstock)

Vale fazer caminhada, andar de bicicleta, fazer aula de dança ou correr. E pode ser por períodos curtos também, de 30 a 40 minutos por dia já é um grande passo. O mais importante é manter uma regularidade – o indicado é, no mínimo, 3 vezes por semana.

Saúde mental também é saúde da mulher

Já ouviu aquela frase: mente sã, corpo são? É um pouco por aí sim. A saúde da mulher (e do homem também) passa pelo cuidado da saúde mental. Evite atividades que te tragam estresse e muita ansiedade. Se sentir o nível subir, dê uma pausa no trabalho, por exemplo.

Busque momentos de lazer para se distrair. Nas horas vagas, ocupe-se com algo que você gosta e te dá prazer. Separe um tempo para cuidar de você, ler e desconectar. E não sacrifique sua noite de sono: ela é sagrada para repor as energias e prevenir diversas doenças, incluindo as cardiovasculares.

Pausas em atividades estressantes são fundamentais para manter a saúde (imagem: shutterstock)

Por fim, não se esqueça de visitar seu cardiologista regularmente. Ele é essencial para identificar qualquer alteração na saúde do coração, mas também é um grande aliado para uma rotina com mais qualidade de vida.

*Dados de 2018 – SBC

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por Agência Ouzzi