05.11.2020

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Eletrocardiograma à distância: a tecnologia favorecendo o acesso à saúde

Eletrocardiograma à distância. Soa estranho, mas é possível.

Um dos grandes problemas de saúde no Brasil é a concentração de especialidades médicas nas regiões sul e sudeste e consequente carência de atendimento médico especializado às populações de outras regiões, principalmente àquelas do norte e nordeste do país.

Felizmente, a tecnologia tem se mostrado uma grande aliada ao enfrentamento deste problema e também de alguns outros, como as longas filas de espera pelos resultados de exames e as questões estruturais que muitas vezes prejudicam a eficácia de um atendimento de urgência.

Isso tem sido possível graças aos sistemas de telemedicina, que tornam possível a obtenção de laudos de eletrocardiograma à distância de forma rápida e eficiente. Continue a leitura e entenda melhor como isso é possível:

Eletrocardiograma à distância: como é feito

O exame de eletrocardiograma pode ser aplicado por um técnico de enfermagem e enviado ao cardiologista para avaliação, via internet, através de uma plataforma de telemedicina. Em outras palavras: o especialista não precisa estar presente no local do paciente para analisar os resultados. 

O exame é feito com o auxílio de um eletrocardiógrafo digital que, além da compatibilidade com os sistemas de telemedicina, é leve, compacto e de fácil utilização, está disponível nas versões USB e bluetooth e conta com filtros que garantem maior qualidade do traçado.

Aparelhos mais modernos contam também com um laudo interpretativo, ou seja, possuem uma configuração de fábrica capaz de identificar alterações no eletrocardiograma. Obviamente, este laudo não substitui a avaliação especializada, mas é bastante útil ao médico por conferir maior segurança ao diagnóstico.

O laudo do eletrocardiograma à distância é assinado digitalmente pelo cardiologista responsável, gerando um documento que tem o mesmo efeito e validade do laudo impresso. Disponibilizados no sistema de telemedicina, os resultados podem ser impressos ou enviados a outros profissionais.

Vale salientar que a segurança de dados é garantida pelos softwares de telemedicina, seguindo normas internacionais sobre a questão. As informações do paciente estarão seguras e o sigilo médico-paciente será preservado.

Telemedicina no Brasil

No Brasil, a telemedicina é uma atividade médica regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Surgiu nos anos 60, mas chegou ao país em 1985 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em uma disciplina nomeada Informática Médica.

Diagnósticos por meio de eletrocardiograma à distância começaram a ser feitos no início da década de 90, por uma empresa privada. Sem o auxílio da internet como a conhecemos hoje, o aliado do momento era o fax.

O Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde foi fundado em 2002 e, desde então, pesquisas e investimentos na área têm crescido substancialmente, contribuindo para a superação de barreiras geográficas e para que cada vez mais pessoas tenham acesso à saúde de qualidade.

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por Agência Ouzzi