29.07.2021

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Os efeitos do exercício físico no metabolismo e no desempenho aeróbico

É do conhecimento de todos que o exercício físico regular contribui para redução da obesidade, melhora o desempenho aeróbico e aumenta a qualidade de vida. No entanto, ainda não está claro se esta prática influencia ou não o metabolismo basal.

Em indivíduos saudáveis, o gasto energético diário, um fator importante na regulação do peso corporal, depende da alimentação (5-15%), da atividade física (15-30%) e da taxa metabólica basal ou do gasto energético em repouso (60-70%).

De forma mais objetiva, a taxa metabólica basal é a quantidade de energia necessária para manter alguns dos processos vitais  do nosso organismo – como por exemplo, os batimentos cardíacos, a pressão arterial, a respiração constante e a manutenção da temperatura corporal – enquanto ele está de repouso e/ou no estado de jejum. 

Neste contexto, foi proposto um estudo analítico que tinha por objetivo avaliar o impacto do exercício físico sobre o metabolismo e a condição aeróbica

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Estudo sobre o impacto do exercício físico no metabolismo basal

O estudo utilizou um método observacional, transversal e analítico, no qual 83 pacientes – com idade média de 39 anos – foram submetidos, por conveniência, ao teste cardiopulmonar de exercício (TCPE), entre os meses de janeiro e maio de 2018. 

Dos pacientes, 46 eram ativos  e 37 sedentários. Eles foram submetidos às avaliações antropométricas, calorimetria indireta e composição corporal (bioimpedâncias elétricas).

Avaliação antropométrica

Nessa avaliação, foram registradas as seguintes variáveis:

  • estatura;
  • peso;
  • índice de massa corporal (IMC);
  • circunferência da cintura e quadril.

Bioimpedanciometria

A bioimpedanciometria trata-se de uma metodologia precisa e confiável, que utiliza uma corrente elétrica de baixa intensidade para a obtenção da composição corporal. 

Nesta metodologia, foram avaliados os seguintes parâmetros:

  • massa gorda;
  • massa magra;
  • gordura visceral total.

Além disso, os participantes deste estudo se apresentaram à clínica para avaliação de composição corporal, abstendo-se, dessa forma, da ingestão de alimentos ou líquidos por 4 a 8 horas, do uso de nicotina por 12 horas, além de não ingerirem diuréticos, álcool, cafeína, teobromina ou fazerem qualquer exercício físico por 24 horas antes do teste. 

Calorimetria indireta

A calorimetria indireta é um método não-invasivo que determina as necessidades nutricionais e a taxa de utilização dos substratos energéticos a partir do consumo de oxigênio e da produção de gás carbônico, obtidos por análise do ar inspirado e expirado pelos nossos pulmões. Dessa forma, todos os voluntários seguiram o seguinte protocolo: 

  1. a) abstenção da ingestão de alimentos e líquidos por 8h (exceto água), do uso de nicotina por 12h, e da cafeína e de qualquer exercício por 24h antes do teste;
  2. b) realização de um período de repouso 30 minutos antes do exame; 
  3. c) determinação da taxa metabólica basal.

Durante os testes, foi utilizado o eletrocardiógrafo digital da Micromed. 

Resultados e conclusões

De forma geral, os grupos foram similares quanto à idade, ao peso, ao índice de massa corporal (IMC) e à relação cintura-quadril. A bioimpedância não revelou diferença entre os grupos quanto aos percentuais de massas magra e gorda. 

Os sedentários apresentaram maior gordura visceral do que os ativos. A análise, porém, demonstrou que o exercício físico regular não influenciou na  taxa metabólica basal (TMB), também chamada de gasto energético em repouso (GER). 

Os sedentários tiveram maior frequência cardíaca de repouso e menor consumo de oxigênio. Já os pacientes ativos mostraram maior gasto calórico ao esforço e melhor desempenho aeróbico, mas o exercício físico não modificou o gasto energético em repouso. 

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por Agência Ouzzi